quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

natal?

aaaaaaahhhhhhh o natal!!!
época feliz. confraternização. tudo é muito lindo exceto para o peru. mentira. eu costumava ter um natal de verdade, mas isso foi há muito tempo. pra começar eu não católico ou de qualquer outra religião que tenha a ver com jesus. segundo, minha família vem se desintegrando. isso já tem uns quatro anos, mas esse último foi o fim. definitivo!!!
fiquei num banzo danado na noite do dia 24. todo mundo festejando menos eu. tem os amigos? lógico que tem. mas não é a mesma coisa!!!

quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

primeira pessoa segunda

chegamos, comemos, bebemos, fumamos, dançamos, transamos e dormimos. quando acordei duas horas depois, com o sol a pino, senti nojo e uma ânsia de vômito quando vi todos aqueles corpos nus de todas as cores espalhados pela sala. as dezenas de copos com restos líquidos indecifráveis, os cinzeiros empanturrados e o sofá branco sujo de restos de comida e de sabe mais o quê. ainda bem que a casa não era minha. fui até a cozinha e preparei uma cuba libre com os restos de bebida que ainda jaziam na geladeira. sentei em um sofá confortável de vime na sacada e comecei a pensar na vida. pensar em como ela era podre e oca. pensei no fato de que nenhuma mulher até aquele momento fora capaz de se liquidifazer e me encher por completo. olhando uma pracinha ao longe recordei daquele dia no Trianon, quando topei com aquela mulher que tinha isqueiro mas não tinha cigarro. estranho isso. fiquei pensando se a veria novamente em algum lugar no meio de toda essa poluição. era uma mulher daquele jeito que eu queria. eu nem a conhecia mas sentia que ela era tudo nessa vida. era tudo que havia entre o nadir e o zênite. como era aquela hora da manhã em que o nível de testosterona está mais alto, pensei com muito carinho nela. de verdade. joana. nome incomum.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

carta a georgia

ai que vida amargurada minha amiga. que saudade de você. eu já vivia uma vida miserável antes mas pelo menos eu tinha você pra me fazer feliz. mas depois que você conseguiu aquele emprego melhor eu fiquei por minha conta. parece que foi tudo ontem. esses dias eu estava lembrando da nossa viagem também. que alemãozão generoso aquele hein. aqueles. o da passagem de ida e o da passagem de volta. isso sem falar nos milhares que ajudaram a gente por lá. ai delicia. aqui só tem homem gordo, sujo e grosso. fiquei tão feliz que você tenha arranjado alguém que goste de você. eu não tenho caso sério não. eu sou gostosa, mas feia e burra. ninguém quer ficar mais que o tempo de uma boa foda comigo. a verdade é que eu tenho uma inveja danada de você. você tem classe, é bonita, elegante, sabe falar direito. e eu? você deve ter até se espantado quando começou a ler a carta e tudo escrito direitinho né? é que eu pedi ajuda pra um amigo meu. esses amigos que não comem a gente sabe? mas é ele que vem dando um pouco de força pra eu viver. justo ele que é limpinho e cheiroso não gosta de fazer as coisas comigo. o caso é que eu sou fixa do pai dele e dos dois irmãos, aí o pai dele me paga pelos quatro, mas ele não gosta. no começo eu até chantagiei ele pra não falar pro pai dele que ele era frouxo, mas agora eu até entendo porque eu também venho dando meus pulos com mulher. além do ubaldinho, tem outra coisa que vem me ajudando muito. ando usando droga até dizer chega, na esperança de que tudo passe mais rápido. eu queria tanto fugir. mas se eu fugir a minha dona vai atrás até o inferno. ela disse que se eu pagar ela me libera, só que é muito caro e todo dinheiro que eu ganho ela pega e o que eu consigo guardar um pouco vai pra cocaína. mas eu tenho um plano. um plano do mal que vai melhorar minha vida. um plano que se a polícia descobre eu vou passar a vida inteira da cadeia. mas como ninguém sabe quem eu sou mesmo, nem rg eu tenho mais, eu posso fazer o que eu quiser. e minha dona também não pode saber, porque ela ia me matar. quando a gente se ver eu conto pra você direitinho o que que é. ou quem sabe quando eu te ver de novo eu já não ganhei minha carta de alforria (não sei o que é, mas ubaldinho disse que é minha liberdade).
é isso minha gostosa. desculpa a depressão.
um beijão em cada bochecha e se bobiar, do jeito que eu estou agora, na boca também.

quinta-feira, 29 de novembro de 2007

coisa nova

Quando Madalena viu aquela mulher com aqueles olhos azuis com uma larga camada de lápis preto ao redor, os cabelos loiros, a boca vermelha, pensaou que queria ser igual ela. O que não a agradou muito foi a roupa, desde os sapatos à bolsa, tudo preto e vermelho. Madá pensaou que fosse Exu em pessoa.
O que ela não sabia, era a intenção da mulher. Todas as meninas estavam ocupadas e teve que ser ela mesmo. A bonitona reclamou da garota franzina e feia, mas a chefe garantiu de que ela era das boas. Nossa coadjuvante começou a desconfiar. A chefe disse que ela nunca havia feito nada igual, pelo menos que ela soubesse, mas que aprenderia rápido.
No começo Madalena achou tudo muito estranho. Mas começou a gostar. Percebeu que estava cansada de levar cacete todo dia. De repente lembrou de Ubaldo. Se ela estava cansada de fazaer as coisas com homem, talvez ele devesse ter cansado de fazer com mulher. Só que não deixava de pensar que com ela parecia normal, mas com ele não. E depois pensava que era tudo normal. E depois que não gostava daquilo.
Tudo em uma confusão liquidificante misturada ao prazer do momento e à embriaguez causada por aquela mulher diferente da qual ela não sabia nem o nome, que estava lhe mostrando aquela "coisa" nova. Mal sabia nossa menina que essa seria apenas uma das coisas que ela lhe ensinaria.

sábado, 24 de novembro de 2007

primeira pessoa


Fui ao cinema, assistir qualquer coisa que estivesse passando. Podia ser qualquer filme, desde que não tivesse que esperar mais que dez minutos pelo seu começo. Ao esperar na fila, vi um casal bem jovem, sentados em um banco. Aparentemente não eram namorados nem nada. Mesmo por que eu não me encontrava nas melhores condições. A vida sozinho faz com que criemos hábitos imbecis, como beber sozinho. Quando o filme acabou – e eu recobrei minha sobriedade – vi que aquele casal estava na mesma sala que eu. Mesmo com as luzes acesas, eles não se largavam. Beijavam-se de um jeito que eu nunca havia visto. Os dois tinham um leve sorriso no rosto enquanto suas bocas se tocavam lentamente. Era um beijo apaixonado. Não apaixonado como os dos filmes e novelas. Apaixonado como na vida real. Ou pelo menos o que eu achava que era real. Não davam a mínima para a luz acesa. Acho que nem viram que a luz tinha sido acesa. Somente o que importava naquele momento era continuar aquele bonito movimento labial. E aquilo me fez pensar. Me fez pensar que nunca levei uma namorada ao cinema. Pensar que na verdade, eu nunca tive uma namorada. Pensar que talvez, eu nunca venha a ter. Mas não fiquei triste como ficaria de costume. Além do fato de sentir agora que alguém me queria, e se alguém me queria alguém mais havia de querer. Não fiquei de banzo pelo fato de achar aquilo bonito. De ver como pode haver beleza em algo que hoje é tão banalizado e sem importância. Fiquei feliz de ver como ainda há casais – palavra cafona – que se amam de verdade. Pode ser que eu esteja enganado a respeito disso tudo, e que ambos tivessem vida paralela àquela, que traiam seu respectivos namoros, mas onde estaria a graça. Pelo menos, se não vemos coisas belas por aí, temos de no mínimo fingir que elas existem. Espero que Joana não seja uma invenção.

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

terça-feira, 20 de novembro de 2007

destino: X

Um sábado de manhã chuvosa e sem graça. O Anhangabaú vazio e o ônibus que nunca chegava. Destino: misterioso. Vulgo Pirituba. Conhecido carinhosamente pelos seus pitorescos moradores como Piricity. Rumo ao último vestígio de vida selvagem na cosmopolita cidade de São Paulo.
Primeiro acontecimeto a chamar atenção foi a entrada de um grupo de garotos no carro, que segundo R. R. era um time de futebol. E não é que era mesmo! De repente começou a troca de camisas a colocação das chuteiras, sempre atentos à técnica que não tinha nenhuma cara de esportista.
Depois, um grupo de moços começa falar mal do Martinho da Vila. "Não é de qualidade". Isso já é demais.
E fomos passando por lugares inimagináveis. Cantos inexploráveis da cidade que naquele tempo lusco-fusco chegavam a dar medo e ansiedade. Vimos dezenas de cativeiros de bandidos, depósitos do Law, entre outras atrações assustadoras e por vezes fascinantes.
Passamos pela Marginal Tietê. Estamos felizes? Não. Vamos em sentido à rodovia dos Bandeirantes. passamos por florestas e trilhas cheias de subidas e descidas quando passamos por cima da Bandeirantes. Estamos felizes? Não, nunca estamos felizes quando se trata de chegar ao lugar que tem vista para a Oca dos índios e do pico do Jaraguá. Por fim passamos por outra ponte da rodovia. Agora só faltava passar pelo lendário colégio Agenor no Clarice, como descrito pela nossa amiga nativa. Só que nunca que chegava o tal. Eu e R. R. começamos a nos desesperar quando uma simpática mocinha com uma boininha roxa disse que o Agenor já estava chegando. E chegou. E chegamos. No fim das contas estávamos felizes. Comemos, bebemos, imitamos dragão, tiramos fotos e tivemos que voltar lá no dia seguinte.
Que seja eterno o pomposo Sub-Distrito de Pirituba, mas que as pessoas que lá conheço venham morar mais ao centro da cidade!!!

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

fingimento

Era domingo! O fim de semana tinha sido cheio de trabalho. Trabalho sussegado, mas mesmo assim era trabalho. Nada de conturbações ou problemas. Só trabalho. É fato é que as drogas ajudavam a aliviar o batente, só que ela estava tendo que usar cada vez mais e mais porque trabalhava cada vez mais.
Quando o filho mais velho do General Siqueira, Ubaldo, chegou lá pela manhã, o efeito já tinha passado. Ela achou que teria mais um cliente e que não dormiria. Mas não. Ubaldo só queria conversar. Estranho? sim.
"Madalena, vim lhe fazer uma visita". Muito estranho? aham. Aquele homem que fodia como um touro queria só fazer uma visita e levar um papo. Mais que um papo, queria lhe contar uma coisa que nunca havia contado a ninguém.
"Como assim. Você não gosta de mulher? Só pode ser mentira". Estranhissímo? demasiado estranho. Porém era verdade. Só fazia aquilo porque era obrigado pelo pai, que lógico, não sabia da condição do filho mais velho e até aquele momento só motivo de orgulho para a família Siqueira.
"Mas não conta pra ninguém. Não sei porquê mas confio em você"."Nunca mais chegua perto de mim. Seu estranho". A reação dele foi de espanto. Achou que Madalena fosse compreender. A reação dela, no entanto, foi amenizando.
"De agora em diante, se você quiser, a gente só finge. Claro que eu tenho meu preço pra fingir!"

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

cinco centavos

Flanando sem destino pelas vielas do Trianon, protegido pelas árvores, Marcelo achou no meio dos pequenos fachos de luz do sol no chão, uma moeda de cinco centavos. O valor era ridículo, mas o prazer de achar aquela moeda novinha e reluzente o fez pegá-la. Enjoado de andar sem rumo e de pensar na vida medíocre que levava, sentou em um banco, acendeu um cigarro e começou a admirar a beleza daquele pedaço de metal redém saído da Casa da Moeda. Ele sabia que nunca iria saber a quem ela pertencera, porém se indagava mesmo assim.
Apressada vinha uma moça de cabelos pretos e óculos gigantescos, dona de uma boca catalisante, e que sentou ao seu lado, suada e ofegante. Ele nunca veio a saber porque ela corria daquele jeito. A mulher desajeitada, com um sorriso lhe pediu um cigarro emprestado. Ao lhe oferecer o isqueiro ela disse que não precisava, isso ela tinha mas havia esquecido de comprar mais nicotina para suprir sua necessidade. "Que bela moeda". "Valeu. Acabei de achar". "Prazer, Joana". "Igualmente, Marcelo".
Marcelo guardou aquela moeda em uma latinha por muito tempo. Mas igual ao amor dos dois, a moeda enferrujou e ficou feia.

sexta-feira, 9 de novembro de 2007

ahhh a chuva, sempre

Os dois na cama. Nus. Suados. Um de costas para o outro. Uma tarde que se mostrava ser a melhor de todas para Marcelo. Mas não foi. Ana esperava tudo daquele homem. Mas ele jazia lá, com seu orgulho flácido. Ele não conseguia entender como aquilo fora acontercer. Ele ainda era jovem. Inexperiente? Sim; com todo o vigor físico da idade. Ela não se mostrava nem um pouco compreeensiva com a situação. A cada par de minutos roçava seu corpo quente e gostoso no de Marcelo. Nada. Ele só conseguia pensar em Joana e em como aquele encontro mudo entre os dois tinha mudado a vida deles. De repente, visualizou a paixão de outros tempos naquela mulher deliciosa e burra que estava ao seu lado. E foi. E foi muito, muito melhor do que Ana esperava. Só que ela não sabia que não era com ela que ele fodia. Era com Joana. Depois de meia hora estavam os dois novamente nus e suados. Já não era mais o calor do sol que os esquentava. Agora Ana carregava um sorriso imenso no rosto. Marcelo não. Levantou-se, colocou a roupa e foi tomar um gole de bebida. A com o pavio aceso na cama clamava por mais e mais. Mas ele não queria.
Pegou um cowboy, acendeu um cigarro, chorou. Chorou de saudade. Chorou pensando em como era idiota. Fora ele que mandara joana catar coquinho e agora ele só pensava nela. Apagou o cigarro mal começado e virou o copo de whiskey. Apertou o térreo e foi correr sozinho na chuva torrencial. Sapateava nas enchurradas leptospirosicas sem se importar. Sem Joana poderia coloca um fim em tudo porque pra ele o tudo era ela. E ele não mais tinha tudo.

terça-feira, 6 de novembro de 2007

ina

De nariz arreganhado, cabelo desgranhado, olhos arregalados e a roupa no chão, Madalena teve a primeira overdose!
Marli, uma de suas companheiras, de tão drogada não esboçou reação de desespero. Olhou e caiu para trás em calma cocaínica.
As duas sobreviveram. Infelizmente. Não era pra ser naquele momento. Jesus não queria aquelas criaturas

sábado, 3 de novembro de 2007

rodas quentes

se não é o ponto de troca é lógico que só pode ser o anel de poder

terça-feira, 30 de outubro de 2007

esse sou eu

Aí eu volto pra casa me sentindo um idiota! A cabeça baixa e os passos contados. Volto me sentindo incapaz e impotente. E essa impotência me mata. tenho vontade de pular. De alegria? Não, do vigésimo andar e acabar de vez com essa lenga-lenga de ir me arrastando por aí. Às vezes eu penso que tudo isso vai chegar ao fim mas penso que deveria por um fim nisso tudo. Quem me vê não me imagina escrevendo essas linhas infelizes e idiotas, mas esse sou eu. Ou não. No momento é.

sexta-feira, 26 de outubro de 2007

calmaria eterna

Os dois jovens se beijavam apaixonadamente sem se importar com os milhões de rostos tristes e nomes que lhes olhavam e também não se preocupavam com o fato de que mais alguém poderia aparecer.
Um dia desses, descendo a pé a Rua da Consolação, me deparei com uma imensa cidade. Uma cidade quieta e cheia de paz. Da rua podia se ver dezenas de telhados de pedra. Uns sujos. Outros limpos e conservados. Era o cemitério. Entrei para conhecê-lo e de repente foi de fato como se eu estivesse em uma outra cidade. Ao atravessar o portão da necrópole todo o barulho de carros de multidões... se cala. É mágico. Para muitos é macabro e traz lembranças indesejáveis. Para mim é um lugar cheio de história e de arte.
Cachorros não conseguem ser furtivos. Podem até correr de você quando têm medo – o que não acontece geralmente – ,mas você ainda continuará a vê-los. Gatos são o oposto. São sempre espiões desconfiados e fugídios. Num cemitério nunca se vê cachorros pois são sempre espantados pelos coveiros. Gatos, ao contrário, muitos são vistos no cemitério da Consolação. No entanto, como aparecem, somem de nossoas vistas.
Com raras exceções, os humanos são como os cachorros. E foi justamente alí, ao lado do mausoléo dos Matarazzo que eu vi o casal apaixonado. Quem lê não consegue imaginar o espanto dos dois ao me ver. Me confundiram com um coveiro e se desculparam até não poderem mais. Mas disse-lhes que era apenas um visitante e indaguei o fato de eles estarem justo alí. Eram góticos? Que nada, só queríamos um lugar sussegado para fugirmos um pouco!
Nunca mais os vi lá.nem em lugar algum. Devem estar por aí, no Araça ou em qualquer outro lugar calmo dessa cidade que engole a todos nós.

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

é né

Lembra quando minha auto-estima ía bem? Então. Não vai mais! Por quê? Porque sou um incompetente no sentido de aproveitar as melhores coisas da vida. Meu consolo é escrever nesse lugar aqui que ninguém lê. Aliás ainda bem que ninguém lê, porque ninguém merece ler nada que não as alegre.
Hoje foi um dia totalmente avulso. Um dia distacatti como teria dito M. M. em La Dolce Vita.

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

silêncio feliz

Atravessando a rua ele encontrou a pessoa que procurava há muito tempo! Eles se olharam por alguns minutos mas não cuspiram uma palavra sequer. O olhar deles não dizia tudo, pois muito se diz com os olhos mas tudo, tudo mesmo só com a lingua nos dentes. Às vezes a língua nos dentes da outra pessoa diz mais ainda. No entanto isso eles não poderiam fazer. Já haviam feito muito porém o presente lhes proíbia de qualquer contato físico. As palavras não estavam pribidas; estranhamente não conseguiam usá-las.
Marcelo imediatamente se lembrara da música Último Desejo de Noel Rosa e Joana só conseguia pensar nos momentos felizes que passaram juntos. O crítico é que os momentos ruins foram em maior quantidade. Isso para desgosto dos dois. Os dois já nãp se amavam mais, contudo um queria a companhia do outro. Morar numa cidade grande completamente só é cruel e os dois experimentavam isso. Como se num repasse de informação os dois começaram a andar na mesma direção. Não era por acaso como gostariam que o fosse muitos românticos. O trabalho deles ficava na mesma direção. O que é romântico porém, é o fato de os dois terem entrado na mesma cafeteria dos anos de glória. Sentaram-se e foram servidos com as bebidas e comidas de sempre. Sempre em silêncio sepulcral.
Marcelo acendeu um cigarro e deixou o maço em cima da mesa. Joana como nos tempos de ontem pegou um e acendeu com o próprio isqueiro. Cigarro ela nunca tinha. Os dois já não se olhavam mais como quando se encontraram. Aquilo tudo foi perdendo gradativamente a graça. Ela se levantou primeiro, pegou o maço dele sem pedir e foi embora. Ele cntinuou lá, sentado, terminando de comer seu bolo de chocolate e pronto a terminar a torta de morango que Joana deixara mais do que metade.

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

o cravo dentro da rosa

Ainda com a roupa de trabalho, com a cara marcada, o cabelo desfrenhado, marca de baba do lado esquerdo da boca, um cigarro na mão direita, os pés descalços no chão gelado e parcialmente limpo. Madalena foi à mesa do almoço - que para elaera como o café da manhã. Quando as meninas a viram levaram um choque. Ela tinha uma espinha gigantesca no seio esquerdo da face. A beleza dela estava arranhada. Recebera ordens da superiora para que desse um jeito naquilo, pois senão nem sentar-se à mesa para comer ela tinha direito.
Dirigiu-se, cambaleando de fome, ao banheiro. Frente ao espelho rodeado por fotos e escritos pseudo filosóficos de batom ela ergueu as duas mão, posicionou os dois indicarores ao lado daquele monstro purulento e fez força dos dois lados. A maldita não queria ser espremida. Colocou um pouco mais de vontade e num lapso de dor a gosma amarelada foi parar no espelho. Escorria misturada com um pouco de sangue. Mas ainda havia um calombinho. Madalena resolveu apertar um pouquinho mais e num jorro de pús transparente veio um cravo gigantesco que há muito tempo vinha se alimentando dos restos gordurosos da moça.
Isso fez ela pensar. Queria ser como esse aracnídeo. Se alimentar o quanto pudesse daquele lugar e de repente sair. Não sair para a morte como ele; sair para a vida fortalecida. Não via a hora. Só não sabia como fazer para conseguir a redenção. Pensaria. Odiava pensar em coisas difíceis, mas resolveu que seria pior dar para o resto da vida lá e em como aguentar os homens do que pensar em como sair daquele lugar nojento e daqueles clientes grotescos.

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

toma

toma toma toma toma toma toma toma toma toma toma toma toma toma toma VEZES muito

terça-feira, 16 de outubro de 2007

madalena, prazer, vulgo messalina

Como quem retorna à casa depois de um dia de cansaso, o General Livio Siqueira chegou ao estabelecimento comercial onde trabalha Madalena!
Tinha já sua amate fixa, mas no momento que viu aquela recém desvirginada mocinha jogou Maristela no lixo e foi ao encontro de sua nova "amada". Mas o General não era uma pessoa qualquer. Sempre devolvia a mercadoria à loja, mas gostava de testá-las em sua casa.
Madalena não queria; foi. Indagou a respeito do fato de poder haver pessoas na casa e o homem respondeu que sim.
"Minha esposa, eus três filhos, a empregada e um ou dois cachorros, não me lembro. Mas não tenha medo, ninguém morde, nem os cachorros, ou o cachorro."
"Sua mulher não liga?"
"Ela é inválida em vários sentidos, e as crianças apoiam."
Ele a deitou suavemente em uma cama grande de um quarto muito bonito. Tirou-lhe a roupa primeiro e brincou um pouco com seu corpo nu. Depois se despiu e fez o serviço. Rápido mas que fez Madalena gostar muito. Mas Madalena arrumou um codinome errado. Deveria ser Messalina.
"Mas o senhor já vai?"
"Já, mas nao lhe deixo sozinha."
Nisso entram no quarto três rapazes já desnudos e prontos para a guerra. Madalena logo pensou que fosse fazer parte de uma grande orgia. No entanto foi diferente.
O mais velho foi muito parecido com o pai. Carinho demorados, mas ao contrário de seu genitor o sexo durou bem mais. Madalena quase teve um filho de tanto gozo.
O segundo foi insípido. Foi até a cama, meteu e foi embora. Por mais Messalina que Madalena fosse, a frieza do garoto não lhe deu tesão algum.
O terceiro também não lhe fez carícias, porém resmungava palavras de sacanagem misturadas com palavras de amor misturadas com a foda demorada e orgástica que fez Madalena quase ter um não, mas dois filhos.
Ao que ela achou que fosse ficar sozinha sem saber pra onde ir, o filho mais velho voltou. Ainda sem vestes mas não vinha armado. Deitou-se do seu lado. Abraçou-a - gesto que ela retribuiu, e ficaram os dois alí até que o dia raiasse, num prazer silencioso, sem sexo.

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

elas perderam

Lembram do post "folga"? Lógico que não né. Mesmo porque ninguém leu. (risos de solidão)
Enfim, aconteceu comigo neste fim de semana.
-Por que?
-Porque eu gosto de você como meu amigo!
-Mas a gente mal se conhece.
-Mas eu já gosto de você assim.
(diálogo com leves modificações e sem continuação nem início)
Perdeu playboy (zoação dirigida a mim). (mas ela também perdeu. se bobiar mais que eu)
E tem outra história no ramo do "perdeu". Um passado meu voltou a mim semana passada. Mas pra mim é só um fantasma. Por mais que eu não quis magoá-la ao conversarmos é o fim. O fim de algo que só não teve começo porque ela não quis. Também não vai começar agora.
Perdeu 2 (zoação dirigida a ela que não é a mesma de cima).
Até que a auto-estima vai bem né!!!

a vida eterna ou a saúde na terra?

Escrevo agora sobre minhas frequentes indecisões, enquanto me delicio num pacote de ruffles fresquinha e crocante a qual é impossível comer uma só.
Não sei o que faço da vida!!! Aliás, sei, mas sei até demais. Quero tanta coisa que não consigo fazer nada. Na verdade, sou preguiçoso desde que nasci. A única exclusão nesse fato é que adoro ir a festas que varam a noite e mesmo assim acordar cedo. Mas enfim, a indecisão do futuro me angustia.
Agora eu tenho certeza - pelo menos uma. Não quero ser jornalista. Pelo menos não no sentido próprio da palavra. Posso até vir a escreve em revistas ou periódicos, mas nem que a Madalena morra eu quero correr atrás de notícias.
O engraçado é que nunca me vi como jornalista. Sempre me imaginei no futuro ligado a área de teatro ou de cinema. Mas nunca me escutei. Que eu sou teimoso todo mundo sabe. O pior é que sou teimoso comigo mesmo. Ô sujeito complicado da porra. Agora, porém, resolvi dar ouvidos a mim mesmo. É que nem aquela vez que eu sabia que deveria levar o celular à aula e não levei. Ou aquela em que eu saberia que não deveria ter ido àquela festa, mas fui. Chega de teimosia.
Agora preciso decidir só uma coisa. Algo que não revelarei aos demais até que eu tenha decidido por completo: caso ou compro uma bicicleta?

domingo, 7 de outubro de 2007

bravo, bravissimo

Eu estou feliz de novo. Entusiasmado seria a palavra certa.
Tão entusiasmado que nem consigo organizar direito meus pensamentos. Tudo corre dentro de mim numa bagunça que eu não consigo explicar e me faz sentir bem. Tenho vontade de fazer várias coisas mas também de não fazer nada. Quero parar de consumir arte e cultura. Quero fazer arte e cultura e quero que os outros a comam.
Não sei por quanto tempo isso vai durar, mas se durar até o fim da semana já é de bom tamanho!!

sábado, 6 de outubro de 2007

lago sul

Sábado com sol numa cidade cinzenta e sem perspectiva de horizonte. Me bateu uma nostalgia de tempos passados. Nostalgia de Brasilia.
Que delicia pegar o carro naquelas tardes de sol, com o eixo monumental vazio, e descer até o lago sul. Passear por lá, parar perto do lago e ver o sol na ponte. Ver a silhueta da cidade na frente do sol.
Ir até o pontão, andar por lá um pouco, depois tomar um chopp na beira do lago. Ou um açaí na tigela. Saudades de um tempo que não volta mais. Agora, é enfrentar o trânsito, respirar poluição e pensar no futuro, com o passado na memória.

sexta-feira, 5 de outubro de 2007

aaaaaaahhhhhhh

Ô semaninha da porra viu!!! Vai tomar no cú. Puta tensão do cacete. Até o último gole.
Voltei a reclamar da vida . É que tudo estava muito bom pra ser verdade. Agora a realidade voltou. Voltou e voltou com força total.
Só o escritor da história da Madalena não voltou ainda.

quarta-feira, 3 de outubro de 2007

o banzo

Depois de toda aquela felicidade vinda nas semanas enteriores, chegou a hora. Chegou a vez dela. Da filha da puta. O Banzo começou a me forçar a beber o liquido da trizteza novamente. Não se qual o tamanha da garrafa, mas sei que ainda estou bebendo. Espero que depois que eu durma ela passe. Anseio em acordar feliz novamente amanhã! Quem sabe?

domingo, 30 de setembro de 2007

folga

- XX, dá-me um beijo?
-Não posso XY!
-Por quê?
-Porque somos amigos!
-Desculpa de aleijado é muleta!

O escritor da saga de Madalena tirou uns dias de folga!!! Ele já volta.

quarta-feira, 26 de setembro de 2007

seu seu passado é assim imagine seu futuro

O preço da inocência de Madalena custou pouco! O valor hoje já foi esquecido, mas foi algo em torno do tanto que custaria uma dose de cachaça furreca.
Ela não sentiu nada. Nada e tudo ao mesmo tempo. Apagou. A incosciência consciente fez com que ela suportasse aquele momento estranho pela qual ela estava passando. Um momento pelo qual ela viria a passar múltiplas vezes durante a sua vida. Até o dia da virada, 25 anos depois, Madalena se lembraria do dia em que foi parar ali. Numa rua movimentada e no centro da cidade. Rua que ela viria a conhecer somente sete anos após ter entrado na casa de Dona Gemilce. O claustro era necessário para que ao sair, ela não fosse perseguida por pessoas que poderiam vir a reconhecer a pequena Maria dos Remédios e querer levá-la embora para alguma mata fechada e abusasse dela para depois mandá-la para o outro mundo. O futuro de Madá era incerto e amedrontador. Seu passado era ainda pior. Era certo pois já era fato. E não deixava de causar medo nela até hoje.

terça-feira, 25 de setembro de 2007

o futuro de madalena

"Mãe, fui bolinada!"
A mãe entrou em desespero e jogou a panela, cheia de feijão com farinha, no chão. Esfaquiou o peru que estava na pia! Matou o papagaio que gritava assustado vendo a cena nauseante. Aquilo não era afirmação que uma criança deveria fazer. Uma menina de tez morena na faixa dos seus 6 anos. A mão gritava e sacudia a colher suja de tutu a mineira mandando nacos de feijão aos quatro cantos da bela cozinha de mármore branco. Para ela era o fim. Nisso aparece a dona da casa querendo saber que zona era aquela. A mãe não conseguia falar. Conseguiu porcamente balbuciar que Maria dos Remédios havia sido bolinada, mas que ela não sabia o que aquilo significava.
A patroa riu como uma hiena e se jogou na poça de tutu afogando-se. Mas antes de morrer mandou o marido ir plantar batatas e mandou a mão procurar Dona Gemilce. Somente Dona Gemilce poderia salva a pequena Remédios do fim instantâneo. A mãe não entendeu aquilo. Assim como nunca entendeu nada na vida. Porém levou a filha à mulher que a patroa indicara antes de morrer. A luz vermelha nos olhos de Maria selava seu destino. Ela fugira de um fim, mas entrara em outro. Mais longo; mesmo assim um fim!!!

segunda-feira, 24 de setembro de 2007

madalena, madalena, você é meu bem querer

Ao olhar aquele corpo pesado e sem vida ela não chorou. Ele estava embaixo dos lençois brancos manchados de um vermelho quase ficando marrom. Madalena foi até a sala. sentou-se no chão pela falta de sofá. Acendeu um cigarro e ficou olhando para o papel de parede cafona que destoava do resto da sala. Foi à cozinha e pegou um imenso copo de Coca fantasticamente gelada. Novamente no chão começou a olhar para o vaso de rosas vermelhas ao lado da televisão. Admirou a beleza daquela flor. Queria ser igual. Depois do terceiro cigarro levantou-se e foi em direção ao vaso. Arrancou com força uma das belas vermelhas e, quando no quarto, atirou a flor no cliente morto.
Por pior que fosse esse momento, era só mais um. Ela precisava viver. Era burra para as coisas normais mas sabia fazer com que tudo parecesse um crime passional. A namorada dele seria presa e ela um dia abriria seu próprio bordel.
Sua cafetina reclamava do fato dela não conseguir um cliente fixo. Inocente.

sábado, 22 de setembro de 2007

una giornata particolare

Marcello e Sofia.
Um casal perfeito.
Cadê minha Sofia???

sexta-feira, 21 de setembro de 2007

70% de cacau

Godiva!!!
Uma delícia de chocolate!! Dizem também que foi uma delícia de mulher!!!
Ouvi Don´t sop me now, do Fredy Mercury e resolvi saber quem foi a "tar".
Lady godiva foi uma inglesa lá pelos idos de 1000. Faz tempo. Aristocrata metida a comunista. Queria que o marido cobrasse menos impostos da população. Ele concordou, desde que ela concordasse a sair nua pela rua a cavalo. Ela saiu. mas antes combinou com todo mundo que ninguém deveria sair de casa. Um tentado saiu. Dizem que ficou cego.
Não se confirma muito bem essa história. É mais uma lenda. Mas é bacana não?
Faço aqui um pedido: mulheres de políticos de todo o país, sigam o exemplo desta passadiça senhora. Ninguém vai ver -muitas ninguém quer ver mesmo. Comecem a luta pela baixa dos impostos. Que tal uma passeata a cavalo na Paulista por todas as mulheres de vereadores. Perfeito.

original e amendoim colorido

Ah o bar!!!
Ah os bares!!!
Como não ir? Mas e como sair? Aí que fica o problema. Entrar é fácil. Mas depois que se está sentado conversando com os amigos... É só erguer o braço e mais uma garrafa vem. E depois outra. E mais uma.
Preciso começar a frequentar bares com pessoas que eu não gosto. Assim eu vou embora mais cedo. Ou pior. Vou querer beber cada vez mais pra esquecer com quem eu estou. Beber bastante mais que todos e depois vou querer dividir a conta em partes iguais. (risos macabros)
O jeito mesmo é não ir. Recusar. Colar os pés no chão, fazer cara feia - se preciso biquinho - e dizer: NÃO!
Mas só de pensar em ficar sozinho em casa enquanto os outros se divertem. Eu posso me divertir em casa também; é diferente. E quem eu quero enganar? A não ser que eu dance kung fu fighting que nem um louco vendo meu reflexo na janela eu não me divirto. Ler é bacana.Internet é bacana. Mas sozinho tudo é chato. Nem tudo. 1% é legal.
Quer saber? vou ao bar sim. Vou ficar até a hora que der vontade. Até a hora que o dinheiro acabar. Vou viver!!!

domingo, 16 de setembro de 2007

everybody knows she´s a femme fatale

Ninguém conhece música até conhecer Velvet Underground and Nico. É incrível ouvir um disco de uma banda que foi gravado em 1966 e ainda parece super novo. É como se não tivéssemos aprendido nada com as maluquices de Andy Warhol e simplesmente tivéssemos ignorado tudo que aquele álbum da banana nos mostrou. Aquele som que rasga nossos ouvidos e hipnotiza nossas mentes. Todos nós temos que tomar muita vitamina pra ficarmos fantásticos a ponto de superar músicas como run, run, run, venus in furs ou i´m waiting for the man.

Enfim, saindo do transe. Levei um tombo ontem. Era uma escada em L de ardosia e com uma planta no ângulo de noventa graus. Eu cai bem no noventa graus do L.Tinha um copo cheio de fanta laranja na mão. só sobrou um tiquinho. O pior é a dor que eu to no meu joelho direito e no meu pulso esquerdo hoje. Mas tudo bem. Na hora não doeu nada. Eu imagino como deve ter doido pra estar doendo assim agora. (risos)
Escrevo isso ouvindo run, run, run no volume máximo ao ponto que meus tímpanos dançam em transe tântrico e meus olhos não enxergam mais nada além de letras e da música que flutua no ar pesado e malcheiroso pelo fato de meu vizinho ser fumante compulsivo e nada posso eu fazer contra isso.

sexta-feira, 14 de setembro de 2007

angustiadamente nervoso

Estou ficando nervoso! Mais que nervosismo. É angústia!!!
Angústia e idiotice. A velha e conhecida idiotice. A angústia é relativamente nova mas está se mostrando muito presente ultimamente.
Aquele amontoado de gente bêbada, drogada e que eu não conheço fazendo coisas que eu tenho vontade de fazer mas que eu não consigo.
Não queria que fosse assim pro resto da vida. Queria que ficasse diferente semana que vem. mas não adianta. Eu sou diferente.

quarta-feira, 12 de setembro de 2007

a Finlândia e o Brasil

Outro dia, enquanto na Finlândia, o presidente Lula recebeu um convite do presidente do congresso de lá, que deveria ser repassado ao presidente do senado aqui, convidando-o a visitar o congresso finlandês. Lula disse que transmitiria o convite ao presidente da câmara, Arlindo Chinaglia.
Das duas uma: ou o presidente do congresso daquele gelado país é uma pessoa muito desinformada ou ele quis cassoar do presidente da nossa amada pátria salve salve.
Mas pois é. Renan Calheiros - nome que já é mais falado que bom dia - foi absolvido hoje. Numa sessão secreta no plenário do senado ele escapou da cassação. Incrivel não?
O presidente do congresso da Finlândia que não é bobo nem nada vai ver os jornais de amanhã e vai rir do nosso país. Vai rir do povo brasileiro. E o presidente Lula enquanto passeia na Escandinávia deve estar indiferente. Não deve estar sabendo de nada.

terça-feira, 4 de setembro de 2007

puta que o pariu

Chega!!!
Eu não aguento mais. É tudo tão confuso. É tudo desonesto. Eu sou desonesto. Desonesto comigo mesmo.
Puta que o pariu. É só o que eu consigo falar. Vai tomar no cú.

domingo, 2 de setembro de 2007

país de merda

Fui ao cemitério hoje.
Adoro ir ao cemitério. As pessoas não conseguem entender esse gosto meu. Quando digo que gosto de cemtérios, me consideram gótico, macabro, coisas que não sou. Ao dizer que sinto paz no cemitério, me chamam de louco.
Gosto da história que há nos cemitérios. Leio cada lápide. Por algum motivo - agora sim estranho - alguns epitáfios me fazem sentir o mesmo que sentiram os parentes da pessoa enterrada ali. Pessoas que morreram há mais de cem anos. Crianças, pais amorosos, militares e presidentes.
Gosto também da aquitetura de alguns mausoléos. Há alguns que são maiores do que a casa de muita gente. Acho interessantissimo a visão de um monte de túmulos, não completamente de cima, mas num ângulo de uns 45 graus. Parece uma verdadeira cidade. Uma necrópolis.
Hoje vi o túmulo do Caetano de Campos, do Armando Moreira Salles, do Cerqueira César...
Mas um túmulo em especial me chamou a atenção. Não era grande, não era luxuso, mas era venerado. Uma tal de Maria Edith, se não me engano. Dezenas de placas de agradecimento colocadas no seu leito perpétuo. Pessoas agradecendo várias coisas. São tantas plaquinhas, que se não fossem por elas mesmo, não se saberia quem está enterrado ali. Não consegui descobrir quem é ela. Mas ainda vou.
O que me deixou puto da vida foram as pixações. Pior do que as pixações, são os túmulos que tiveram lápides, cruzes, ou imagens em bronze roubados. Não é a toa que no Brasil não há respeito pelos seres vivos. Não se respeita nem os mortos.

duas, às vezes três imbecilidades

Eu vivo feliz aqui em sampa. Tem um monte de coisas para fazer. Com relação à faculdade e com relação à vida cotidiana também.
Eu não tenho tempo de pensar. Não penso em nada que eu não deva pensar.
Mas tem um problema. Eu tenho internet em casa. A internet me conecta com o mundo inteiro. isso me faz mal. Não o mundo inteiro. Uma página ou duas da web me fazem pensar em coisas que eu não quero pensar. E quando eu começo a pensar nessas coisas que eu não quero pensar, nada mais me faz bem, até que eu consiga dormir e sonhar com os anjos.
Eu poderia jamais ver novamente aquelas duas, às vezes três páginas. Não sou obrigado a vê-las. Mas não consigo. Eu quero ver. Quero ver e quero sentir inveja. Desejo me sentir um imbecil por mais que isso me faça mal. Não tem importância, um dia tudo isso vai acabar.

sexta-feira, 24 de agosto de 2007

pús na campainha

Estou com uma frase na minha cabeça: "...aquela vez foi tudo muito precipitado...". E só me lembro disso. Uso o "lembro" com licença, pois não tenho certeza se ouvi ou se a imaginei. Tenho hipóteses para ela - nenhuma das quais podem ser reveladas aqui - mas acho que vão ficar somente como hipótese.

Enfim, estou doente. Tenho amigdalite aguda. Chique não? Parece coisa de gente importante. Nunca achei que eu fosse chegar a ter algo "agudo". Ter para que não? Uma bosta. Dói pra cacete. Não dá vontade de fazer nada o dia inteiro. A comida salgada fica tudo com o mesmo gosto ruim e o doce deixa um amargo nauseante depois que é engolido. Não posso tomar Coca-Cola gelada, que é algo que eu amo mais que eu. Não posso beber álcool por causa dos remédios. Resumindo: não presta.
É legal ficar doente. O chato, é sentir dor. Quando você fica doente todo mundo te dá atenção; isso é bom. Ninguém, no entanto, consegue tirar sua dor, tampouco com atenção. Isso é ruim. Ruim não; péssimo - leia-se: insuportável.

Chega de reclamar. Daqui duas semanas eu já comerei um belo lanche de mortadela, com meio litro de Coca bem gelada, tomarei um sorvete depois, e de noite beberei cerveja com os amigos!!!

domingo, 19 de agosto de 2007

esquizofrenia dupla

Fim de semana é uma coisa engraçada.
Cada coisa que me acontece nesses dois dias! Esses dois últimos dois dias foram bons!!
Incrivelmente eu não me senti um idiota. Bacana né? Me senti um poko estranho em alguns momentos. Em especial no sábado. Na sexta também, mas foi menos!
O sábado é que me fez pensar. Porém não quero pensar. Nem vou. Pensar não faz bem. Pensar entristece. Ainda mais pensar no futuro, no meu futuro pessoal. No profissional também. Mas dele eu posso fugir. De mim mesmo não!
Infelizmente.

sábado, 18 de agosto de 2007

partitura e meia

paparaparparaparapumpumrumpumubumbumpumbum´pumbumpumbumpumbum

Essa é a música do Oito e meio! legal não?

ohhhhhh, um post feliz!!!

terça-feira, 14 de agosto de 2007

bulliyng trotado

Ontem foi o famigerado dia do trote.
Foi como dizem alguns o dia da vingança. Vingança de que eu não sei. Nenhum dos bixos algum dia fez algo pra mim minha vida inteira!
Cheguei dizendo que não faria nada. Mas mudei. Quando peguei o primeiro ovo na mão e o esmaguei nas costas de um calouro desprevinido tive um momento de êxtase. E não parei mais!
Fiz acordar meus instintos primitivos de depreciação do outro.
Tudo para que? Para tomar cerveja de graça depois!

sábado, 11 de agosto de 2007

idiotice

Sábado passado eu me senti um idiota!!! Ontem, sexta-feira eu me senti um idiota!!!
Já está virando rotina. Uma rotina que eu não queria na minha vida.
Eu sei o problema. O problema é que eu faço coisas idiotas. Se coisas idiotas não fizesse eu, idiota não me sentiria. O foda é saber o problema mas não ter capacidade pra resolvê-lo. Só não sei se não resolvo porque não quero ou porque não consigo mesmo.
Vou tentar

sexta-feira, 3 de agosto de 2007

la dolce vita

Vou ser cineasta!!!
Além de jornalista é claro!!!
Isso também além do disco que eu quero gravar!!!
Não posso deixar de mencionar no livro que escreverei!!!
Filme eu não sei fazer, mas não deve ser muito difícil. Jornalista também não deve ser complicado, mas por bem ou por mal eu já estou aprendendo. Livro, escrever eu sei, só me falta a inspiração. O que me tranca a vida é o maldito disco. Não sei cantar. Na minha opinião isso não se aprende. Porém um instrumento sim, e é nesse caminho que eu vou seguir.
Mas hoje não quero falar do disco; quero falar de cinema.
Vou fazer um filme fantástico. Não fantástico no sentido de ótimo - se ficar ótimo não farei conta -; será fantástico como Cem anos de solidão. Vai ser uma história à la Fellini. Farei meu próprio Satyricon. Não ouso dizer que farei meu Otto Mezzo porque aí já seria pedir demais. Será um belo filme. Quem sabe meio Glauber Rocha também. Vai ficar louco. Como eu. E um pouco desiquilibrado.

quarta-feira, 1 de agosto de 2007

venus in furs

De que me adianta ter tudo na vida se o que eu mais quero eu não tenho. Para que ir ao shopping e comprar tudo que me dá vontade quando não tenho quem me beije, quem me dê carinho, quem me diga: amo você. Aliás, acho que sei porque compro tanta coisa. Por que me falta amor. Supro essa falta me enchendo de coisas que eu nem sei para que servem, nem sei se usarei.

domingo, 29 de julho de 2007

me dá um medo, que medo

As coisas andam um pouco estranhas. Não faço nada de proveitoso desde que entrei em férias, há quase dois meses. Foram dois meses desperdiçados, jogados fora. Nunca dormi tanto na minha vida. Não assisti um filme, não li um livro... Só ouvi música e dirigi. E falei - como falei - mas isso eu faço sempre, então não conta. Bebi bastante também - até quando não devia - mas tudo bem, ainda tenho dois braços, duas pernas, vinte dedos... Só a cabeça que não está muito bem. Esteticamente sim - excluindo o cabelo que eu cortei e ficou diferente - mas por dentro, a história é diferente. Das duas uma: ou as peças se encaixaram depois de tantas lombadas a 80 km/h, ou saiu tudo do lugar de uma vez.
É estranho, porém não é novidade. Contraditório isso não? Tudo comigo é contraditório. Alguém pode me preguntar às 9:00 que música do Bowie eu gosto mais e eu responder que é Moonage Daydream. Às 21:00, outra pessoa pode fazer a mesma pergunta e eu responder que é Space Odity. Conhecendo as duas da mesma forma, sem tê-las ouvido no dia.
Mas talvez eu saiba qual é o problema. Eu penso demais. Fico o dia todo pensando nas coisas. Tudo isso porque sou desocupado demais. É aquela velha máxima: cabeça vazia é a casa do Diabo.
Mas enfim, já que estamos no inferno, vamos abraçar o Capeta!!!

"ground control to major tom"

simpathy for the devil

Preciso tirar meu violão do armário!
Faz uns dois anos que eu nem tento tocar. Nem lembro mais nenhum acorde. Mas vou voltar a ativa. Mais que isso. tanho uma vontade incontida que vem e vai, e que ultimamente anda povoando e se reproduzindo na minha cabeça: gravar um disco. Ficar naquele clima sufocante e inspirador de um estudio. Depois fazer uns showzinhos por aí. Nada de grande visto que não quero viver de música, só como uma diversão. Tocar em barezinhos por aí nos fins de semana. Tocar música boa, claro.
Vai ser divertido. Tocar um Bowie, Dylan, Rita, quem sabe um Vinicius dependendo do lugar que eu estiver. Secos e Molhados e Tim também.

"agora só falta você"

sexta-feira, 27 de julho de 2007

ele de novo

A vida é muito curta. Todo mundo já está cansado de saber isso. Todo mundo também já não aguenta mais ouvir que devemos aproveitar e fazer tudo que gostamos. Mas há um problema. Às vezes, as coisas que gostamos de fazer, encurtam a vida mais ainda. Ou não. Vai saber.

Só pra constar: perdi o jogo de tênis. Ganhei o primeiro set. Mas e daí não? os outros dois eu perdi. E perdi tudo. O jogo e o que ele significava. Ou significa.

"é que eu preciso dizer que eu te amo... não sei que hora dizer, me dá um medo"

quinta-feira, 26 de julho de 2007

"comencing countdown engines on"

Today I woke up speaking english! Sorry who doesn´t understand, but...(nobody reads what i write anyway)
I´m going to play tennis later. I always lose. Don´t Know why. I start winning but in the second set i begin to lose. I guess my contender - which is everytime the same - has some kind of power over myself. Some supernatural kind of power that I can´t control. Maybe even he can´t control it. Perhaps the hungry for the golden medal makes he uses the power unconsciously. So, today it´s gonna be diferent. I´ll win that little bastard ad I´ll spit on his face and say: "After five years, this is the real me. I´m a winner, not a loser! At least not today.

"i´m floating in a most peculiar way"

quarta-feira, 25 de julho de 2007

destruidor

O TEMPO DESTRÓI TUDO. MAS TAMBÉM RESOLVE MUITAS COISAS. POIS MUITAS COISAS DEVEM SER DESTRUÍDAS!

Bowie, Cuba e Mal

Ontem eu fiquei mal. Não foi por causa da bebida. Se fosse seria bom. É pior que isso. Pior ainda porque eu nem sei o porquê de eu ficar mal. Mas fiquei. E vou ficar mais. Acostumei já. Na hora é uma bosta, mas eu sei que depois eu vo melhorar. O foda é saber, quando eu estou bom, é que eu vou ficar ruim mais tarde. Que horas eu nao sei, mas vou.
Chega disso.
Ando viciado em David Bowie. E Cuba Libre também. Próxima festa à fantasia que eu for, vou vestido estilo Bowie na era Ziggy Stardust. E vou beber muita Cuba.