terça-feira, 30 de outubro de 2007

esse sou eu

Aí eu volto pra casa me sentindo um idiota! A cabeça baixa e os passos contados. Volto me sentindo incapaz e impotente. E essa impotência me mata. tenho vontade de pular. De alegria? Não, do vigésimo andar e acabar de vez com essa lenga-lenga de ir me arrastando por aí. Às vezes eu penso que tudo isso vai chegar ao fim mas penso que deveria por um fim nisso tudo. Quem me vê não me imagina escrevendo essas linhas infelizes e idiotas, mas esse sou eu. Ou não. No momento é.

sexta-feira, 26 de outubro de 2007

calmaria eterna

Os dois jovens se beijavam apaixonadamente sem se importar com os milhões de rostos tristes e nomes que lhes olhavam e também não se preocupavam com o fato de que mais alguém poderia aparecer.
Um dia desses, descendo a pé a Rua da Consolação, me deparei com uma imensa cidade. Uma cidade quieta e cheia de paz. Da rua podia se ver dezenas de telhados de pedra. Uns sujos. Outros limpos e conservados. Era o cemitério. Entrei para conhecê-lo e de repente foi de fato como se eu estivesse em uma outra cidade. Ao atravessar o portão da necrópole todo o barulho de carros de multidões... se cala. É mágico. Para muitos é macabro e traz lembranças indesejáveis. Para mim é um lugar cheio de história e de arte.
Cachorros não conseguem ser furtivos. Podem até correr de você quando têm medo – o que não acontece geralmente – ,mas você ainda continuará a vê-los. Gatos são o oposto. São sempre espiões desconfiados e fugídios. Num cemitério nunca se vê cachorros pois são sempre espantados pelos coveiros. Gatos, ao contrário, muitos são vistos no cemitério da Consolação. No entanto, como aparecem, somem de nossoas vistas.
Com raras exceções, os humanos são como os cachorros. E foi justamente alí, ao lado do mausoléo dos Matarazzo que eu vi o casal apaixonado. Quem lê não consegue imaginar o espanto dos dois ao me ver. Me confundiram com um coveiro e se desculparam até não poderem mais. Mas disse-lhes que era apenas um visitante e indaguei o fato de eles estarem justo alí. Eram góticos? Que nada, só queríamos um lugar sussegado para fugirmos um pouco!
Nunca mais os vi lá.nem em lugar algum. Devem estar por aí, no Araça ou em qualquer outro lugar calmo dessa cidade que engole a todos nós.

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

é né

Lembra quando minha auto-estima ía bem? Então. Não vai mais! Por quê? Porque sou um incompetente no sentido de aproveitar as melhores coisas da vida. Meu consolo é escrever nesse lugar aqui que ninguém lê. Aliás ainda bem que ninguém lê, porque ninguém merece ler nada que não as alegre.
Hoje foi um dia totalmente avulso. Um dia distacatti como teria dito M. M. em La Dolce Vita.

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

silêncio feliz

Atravessando a rua ele encontrou a pessoa que procurava há muito tempo! Eles se olharam por alguns minutos mas não cuspiram uma palavra sequer. O olhar deles não dizia tudo, pois muito se diz com os olhos mas tudo, tudo mesmo só com a lingua nos dentes. Às vezes a língua nos dentes da outra pessoa diz mais ainda. No entanto isso eles não poderiam fazer. Já haviam feito muito porém o presente lhes proíbia de qualquer contato físico. As palavras não estavam pribidas; estranhamente não conseguiam usá-las.
Marcelo imediatamente se lembrara da música Último Desejo de Noel Rosa e Joana só conseguia pensar nos momentos felizes que passaram juntos. O crítico é que os momentos ruins foram em maior quantidade. Isso para desgosto dos dois. Os dois já nãp se amavam mais, contudo um queria a companhia do outro. Morar numa cidade grande completamente só é cruel e os dois experimentavam isso. Como se num repasse de informação os dois começaram a andar na mesma direção. Não era por acaso como gostariam que o fosse muitos românticos. O trabalho deles ficava na mesma direção. O que é romântico porém, é o fato de os dois terem entrado na mesma cafeteria dos anos de glória. Sentaram-se e foram servidos com as bebidas e comidas de sempre. Sempre em silêncio sepulcral.
Marcelo acendeu um cigarro e deixou o maço em cima da mesa. Joana como nos tempos de ontem pegou um e acendeu com o próprio isqueiro. Cigarro ela nunca tinha. Os dois já não se olhavam mais como quando se encontraram. Aquilo tudo foi perdendo gradativamente a graça. Ela se levantou primeiro, pegou o maço dele sem pedir e foi embora. Ele cntinuou lá, sentado, terminando de comer seu bolo de chocolate e pronto a terminar a torta de morango que Joana deixara mais do que metade.

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

o cravo dentro da rosa

Ainda com a roupa de trabalho, com a cara marcada, o cabelo desfrenhado, marca de baba do lado esquerdo da boca, um cigarro na mão direita, os pés descalços no chão gelado e parcialmente limpo. Madalena foi à mesa do almoço - que para elaera como o café da manhã. Quando as meninas a viram levaram um choque. Ela tinha uma espinha gigantesca no seio esquerdo da face. A beleza dela estava arranhada. Recebera ordens da superiora para que desse um jeito naquilo, pois senão nem sentar-se à mesa para comer ela tinha direito.
Dirigiu-se, cambaleando de fome, ao banheiro. Frente ao espelho rodeado por fotos e escritos pseudo filosóficos de batom ela ergueu as duas mão, posicionou os dois indicarores ao lado daquele monstro purulento e fez força dos dois lados. A maldita não queria ser espremida. Colocou um pouco mais de vontade e num lapso de dor a gosma amarelada foi parar no espelho. Escorria misturada com um pouco de sangue. Mas ainda havia um calombinho. Madalena resolveu apertar um pouquinho mais e num jorro de pús transparente veio um cravo gigantesco que há muito tempo vinha se alimentando dos restos gordurosos da moça.
Isso fez ela pensar. Queria ser como esse aracnídeo. Se alimentar o quanto pudesse daquele lugar e de repente sair. Não sair para a morte como ele; sair para a vida fortalecida. Não via a hora. Só não sabia como fazer para conseguir a redenção. Pensaria. Odiava pensar em coisas difíceis, mas resolveu que seria pior dar para o resto da vida lá e em como aguentar os homens do que pensar em como sair daquele lugar nojento e daqueles clientes grotescos.

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

toma

toma toma toma toma toma toma toma toma toma toma toma toma toma toma VEZES muito

terça-feira, 16 de outubro de 2007

madalena, prazer, vulgo messalina

Como quem retorna à casa depois de um dia de cansaso, o General Livio Siqueira chegou ao estabelecimento comercial onde trabalha Madalena!
Tinha já sua amate fixa, mas no momento que viu aquela recém desvirginada mocinha jogou Maristela no lixo e foi ao encontro de sua nova "amada". Mas o General não era uma pessoa qualquer. Sempre devolvia a mercadoria à loja, mas gostava de testá-las em sua casa.
Madalena não queria; foi. Indagou a respeito do fato de poder haver pessoas na casa e o homem respondeu que sim.
"Minha esposa, eus três filhos, a empregada e um ou dois cachorros, não me lembro. Mas não tenha medo, ninguém morde, nem os cachorros, ou o cachorro."
"Sua mulher não liga?"
"Ela é inválida em vários sentidos, e as crianças apoiam."
Ele a deitou suavemente em uma cama grande de um quarto muito bonito. Tirou-lhe a roupa primeiro e brincou um pouco com seu corpo nu. Depois se despiu e fez o serviço. Rápido mas que fez Madalena gostar muito. Mas Madalena arrumou um codinome errado. Deveria ser Messalina.
"Mas o senhor já vai?"
"Já, mas nao lhe deixo sozinha."
Nisso entram no quarto três rapazes já desnudos e prontos para a guerra. Madalena logo pensou que fosse fazer parte de uma grande orgia. No entanto foi diferente.
O mais velho foi muito parecido com o pai. Carinho demorados, mas ao contrário de seu genitor o sexo durou bem mais. Madalena quase teve um filho de tanto gozo.
O segundo foi insípido. Foi até a cama, meteu e foi embora. Por mais Messalina que Madalena fosse, a frieza do garoto não lhe deu tesão algum.
O terceiro também não lhe fez carícias, porém resmungava palavras de sacanagem misturadas com palavras de amor misturadas com a foda demorada e orgástica que fez Madalena quase ter um não, mas dois filhos.
Ao que ela achou que fosse ficar sozinha sem saber pra onde ir, o filho mais velho voltou. Ainda sem vestes mas não vinha armado. Deitou-se do seu lado. Abraçou-a - gesto que ela retribuiu, e ficaram os dois alí até que o dia raiasse, num prazer silencioso, sem sexo.

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

elas perderam

Lembram do post "folga"? Lógico que não né. Mesmo porque ninguém leu. (risos de solidão)
Enfim, aconteceu comigo neste fim de semana.
-Por que?
-Porque eu gosto de você como meu amigo!
-Mas a gente mal se conhece.
-Mas eu já gosto de você assim.
(diálogo com leves modificações e sem continuação nem início)
Perdeu playboy (zoação dirigida a mim). (mas ela também perdeu. se bobiar mais que eu)
E tem outra história no ramo do "perdeu". Um passado meu voltou a mim semana passada. Mas pra mim é só um fantasma. Por mais que eu não quis magoá-la ao conversarmos é o fim. O fim de algo que só não teve começo porque ela não quis. Também não vai começar agora.
Perdeu 2 (zoação dirigida a ela que não é a mesma de cima).
Até que a auto-estima vai bem né!!!

a vida eterna ou a saúde na terra?

Escrevo agora sobre minhas frequentes indecisões, enquanto me delicio num pacote de ruffles fresquinha e crocante a qual é impossível comer uma só.
Não sei o que faço da vida!!! Aliás, sei, mas sei até demais. Quero tanta coisa que não consigo fazer nada. Na verdade, sou preguiçoso desde que nasci. A única exclusão nesse fato é que adoro ir a festas que varam a noite e mesmo assim acordar cedo. Mas enfim, a indecisão do futuro me angustia.
Agora eu tenho certeza - pelo menos uma. Não quero ser jornalista. Pelo menos não no sentido próprio da palavra. Posso até vir a escreve em revistas ou periódicos, mas nem que a Madalena morra eu quero correr atrás de notícias.
O engraçado é que nunca me vi como jornalista. Sempre me imaginei no futuro ligado a área de teatro ou de cinema. Mas nunca me escutei. Que eu sou teimoso todo mundo sabe. O pior é que sou teimoso comigo mesmo. Ô sujeito complicado da porra. Agora, porém, resolvi dar ouvidos a mim mesmo. É que nem aquela vez que eu sabia que deveria levar o celular à aula e não levei. Ou aquela em que eu saberia que não deveria ter ido àquela festa, mas fui. Chega de teimosia.
Agora preciso decidir só uma coisa. Algo que não revelarei aos demais até que eu tenha decidido por completo: caso ou compro uma bicicleta?

domingo, 7 de outubro de 2007

bravo, bravissimo

Eu estou feliz de novo. Entusiasmado seria a palavra certa.
Tão entusiasmado que nem consigo organizar direito meus pensamentos. Tudo corre dentro de mim numa bagunça que eu não consigo explicar e me faz sentir bem. Tenho vontade de fazer várias coisas mas também de não fazer nada. Quero parar de consumir arte e cultura. Quero fazer arte e cultura e quero que os outros a comam.
Não sei por quanto tempo isso vai durar, mas se durar até o fim da semana já é de bom tamanho!!

sábado, 6 de outubro de 2007

lago sul

Sábado com sol numa cidade cinzenta e sem perspectiva de horizonte. Me bateu uma nostalgia de tempos passados. Nostalgia de Brasilia.
Que delicia pegar o carro naquelas tardes de sol, com o eixo monumental vazio, e descer até o lago sul. Passear por lá, parar perto do lago e ver o sol na ponte. Ver a silhueta da cidade na frente do sol.
Ir até o pontão, andar por lá um pouco, depois tomar um chopp na beira do lago. Ou um açaí na tigela. Saudades de um tempo que não volta mais. Agora, é enfrentar o trânsito, respirar poluição e pensar no futuro, com o passado na memória.

sexta-feira, 5 de outubro de 2007

aaaaaaahhhhhhh

Ô semaninha da porra viu!!! Vai tomar no cú. Puta tensão do cacete. Até o último gole.
Voltei a reclamar da vida . É que tudo estava muito bom pra ser verdade. Agora a realidade voltou. Voltou e voltou com força total.
Só o escritor da história da Madalena não voltou ainda.

quarta-feira, 3 de outubro de 2007

o banzo

Depois de toda aquela felicidade vinda nas semanas enteriores, chegou a hora. Chegou a vez dela. Da filha da puta. O Banzo começou a me forçar a beber o liquido da trizteza novamente. Não se qual o tamanha da garrafa, mas sei que ainda estou bebendo. Espero que depois que eu durma ela passe. Anseio em acordar feliz novamente amanhã! Quem sabe?