quinta-feira, 29 de novembro de 2007

coisa nova

Quando Madalena viu aquela mulher com aqueles olhos azuis com uma larga camada de lápis preto ao redor, os cabelos loiros, a boca vermelha, pensaou que queria ser igual ela. O que não a agradou muito foi a roupa, desde os sapatos à bolsa, tudo preto e vermelho. Madá pensaou que fosse Exu em pessoa.
O que ela não sabia, era a intenção da mulher. Todas as meninas estavam ocupadas e teve que ser ela mesmo. A bonitona reclamou da garota franzina e feia, mas a chefe garantiu de que ela era das boas. Nossa coadjuvante começou a desconfiar. A chefe disse que ela nunca havia feito nada igual, pelo menos que ela soubesse, mas que aprenderia rápido.
No começo Madalena achou tudo muito estranho. Mas começou a gostar. Percebeu que estava cansada de levar cacete todo dia. De repente lembrou de Ubaldo. Se ela estava cansada de fazaer as coisas com homem, talvez ele devesse ter cansado de fazer com mulher. Só que não deixava de pensar que com ela parecia normal, mas com ele não. E depois pensava que era tudo normal. E depois que não gostava daquilo.
Tudo em uma confusão liquidificante misturada ao prazer do momento e à embriaguez causada por aquela mulher diferente da qual ela não sabia nem o nome, que estava lhe mostrando aquela "coisa" nova. Mal sabia nossa menina que essa seria apenas uma das coisas que ela lhe ensinaria.

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