segunda-feira, 24 de setembro de 2007

madalena, madalena, você é meu bem querer

Ao olhar aquele corpo pesado e sem vida ela não chorou. Ele estava embaixo dos lençois brancos manchados de um vermelho quase ficando marrom. Madalena foi até a sala. sentou-se no chão pela falta de sofá. Acendeu um cigarro e ficou olhando para o papel de parede cafona que destoava do resto da sala. Foi à cozinha e pegou um imenso copo de Coca fantasticamente gelada. Novamente no chão começou a olhar para o vaso de rosas vermelhas ao lado da televisão. Admirou a beleza daquela flor. Queria ser igual. Depois do terceiro cigarro levantou-se e foi em direção ao vaso. Arrancou com força uma das belas vermelhas e, quando no quarto, atirou a flor no cliente morto.
Por pior que fosse esse momento, era só mais um. Ela precisava viver. Era burra para as coisas normais mas sabia fazer com que tudo parecesse um crime passional. A namorada dele seria presa e ela um dia abriria seu próprio bordel.
Sua cafetina reclamava do fato dela não conseguir um cliente fixo. Inocente.

2 comentários:

Georgia Hepburn disse...

E se o tempo não resolver? A alegria tapeia!

Georgia Hepburn disse...

Amanhã a gente conversa??????????Amanhã e depois e depois e depois e depois...e depois tbm!