segunda-feira, 31 de março de 2008

tragédia familiar

''que vergonha, ver meu filho chegando em casa cheio de maquiagem desse jeito. o que seu pai diria se fosse vivo...'' ''meu pai é vivo.'' ''não é!'' ''é sim. e você só fala isso porque ele te trocou por aquela gostosa depois que você ficou aleijada!" ''vai. joga tudo na minha cara. joga que foi culpa minha ele ter deixado a gente vivendo nessa miséria. e você, bonito, podia trabalhar na globo ou em algum lugar assim, mas não, quer ganhar um salário de merda trabalhando naquele teatro ridículo. se maquiando igual uma bicha.'' ''bicha é meu irmão que esqueceu da gente também. voc6e que não me insulte porque eu ainda vou ser grande. mas você não vai viver pra ver. aliás, já devia ter morrido, ao invés de ficar dando trabalho pra mim.'' ''chega!'' ''foi você quem começou sua velha imprestável.'' ''eu disse chega!'' ''da a primeira cuspida depois não aguenta o balde de água gelada? escuta agora. nunca, entendeu? nunca mais fala mal do que eu faço ou de mim. faço demais já em ficar aqui cuidando de você e ajudando nas suas despesas. mais uma vez, mais uma vez que você falar alguma coisa eu vou embora.'' ''filho, eu te amo.'' ''não precisa disso.'' ''mas é verdade.'' ''nem isso eu preciso saber.''

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