quarta-feira, 5 de março de 2008

quase uma despedida

caetano chegou na casa de joana com a arrebatadora notícia. ela não se conformava em como marcelo podia ter feito aquilo. não conseguia imaginar o que se passava pela sua cabeça. duas horas antes, caetano chegara ao apartamento de marcelo. se demorasse um pouco mais a chegar nem precisaria ter chegado. a banheira cheia de água fervente, o victorinox branco - presente de seu pai - na mão trêmula. o primeiro corte no pulso esquerdo. o segundo no pulso direito. o canivete cai no chão. o piso branco começa a ser tingido de um vermelho cereja vital. depois de levar marcelo ao hospital, volta à sua casa para pegar uma roupa e levar uma faxineira. encontra em cima da mesa da sala, ao lado de um maço de cigarros aberto, uma carta. a carta estava endereçada a joana, mas como marcelo sobrevivera, caetano pensou que podia lê-la.'' não, você tem completamente razão. eu não mereço seu sangue, mas você merece o meu. joana, o que eu sintia por você havia chegado a tal ponto que nem se eu me colasse a você eu me sentiria satisfeito. o que eu sentia era simplesmente demais, por isso resolvi colocar um fim nisso tudo e achar outra que eu ame menos. não tente entender. eu não entendo. e como não entendo não consigo escrever muito bem o que é. mas é isso.''

Um comentário:

Cíntia Moraes disse...

eu dava tudo pra ver essa cena do marcelo num curta sob a sua direção, ia ficar infinitamente linda, de foder mesmo!

te adoro!!!!!!