sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

tortura humilhante

Tudo bem. Já que vocês querem saber eu vou dizer a verdade. Não que ela importe muito a essa altura dos acontecimentos, mas direi. Nem que seja somente por diversão; pra relembrar os momentos de pra zer que eu tive que poderiam ter sido melhores – como tudo na vida – . Matei. Matei sim e matarei Lucíola na próxima vida também. Fiz tudo bem devagar. Uma pessoa como eu não podia simplesmente cravar uma faca em seu peito ou dar-lhe um tiro na cabeça. Estudei bastante. Ela me fizera sofrer uma vida inteira. A dela não poderia acabar de repente. Cheguei e começamos a conversar. Ela me ofereceu uma bebida. Tudo com muita polidez como se fosse a primeira vez que eu fosse a sua casa depois de termos nos conhecido na rua. Ela levantou-se para ir ao banheiro e eu fiquei à espreita. Na volta eu a agarrei e lhe dei um soco na cabeça. Só pela inconsciência. Despi a infeliz e a amarrei na cadeira. Comecei então a tortura. Creio que não seja apropriado descrever tudo o que fiz. A autópsia revela tudo mesmo. O pior de tudo é que nem na hora de morrer a morfética me deixou completamente feliz. Torturando-a daquele jeito eu esperava choros histéricos, gritos desesperados de dor e pedidos incessantes para que eu parasse. Mas ela não demonstrou a mínima dor. A maldita vagabunda ainda me pediu uma dose dupla on the rocks e um cigarro. E eu dei. Isso é que é o pior de tudo. Eu dei. Não coloquei gelo, mas dei. Nem bêbada ela grunhiu. Vocês devem estar morrendo de curiosidade para saber que tanto ela me fez. Não direi. Seria humilhante demais. Depois que consegui ficar por cima não me sujeitarei a humilhações.

Um comentário:

Cíntia Moraes disse...

se aparecer de novo, eu te prendo e te obrigo a terminar comunicação social!!!

hahahaha
amoooooooooo

beijos