já que era sadomasoquismo que ele queria, foi sadomasoquismo que ele ganhou. queimei ele inteirinho com cigarro. bati nele até ele dizer chega. depois disse que tinha o toque final. sai e fui até a cozinha. peguei uma faca tramontina de serrinha e cabo de plástico e acabei o serviço. não suporto gente exagerada. ele pedia mais e mais e foi o mais que eu dei pra ele. o problema foi que eu também exagerei. ele morreu. também, já tinha seus cinquenta e tantos. mereceu? não. mas aconteceu e agora já foi. quando eu percebi eu meio que entrei em pânico. nunca pensei que fosse matar uma pessoa. o problema é que a gente pega o gosto. depois que passou o susto eu pensei: já que eu tirei a vida dele mesmo o resto não tem importância. peguei tudo que podia carregar da garçoniere do velhote. a carteira e o carro também. quando eu ia saindo, pensei em limpar digitais e essas coisas, mas lembrei que nem rg eu tenho. eu não sou ninguém. mas vou ser. vendi o carro e guardei o dinheiro. com o dinheiro da carteira comprei muita cocaína. agora eu tinha minha chance de ser alguém na vida. não ficam dizendo por aí que vida de puta é fácil? então, vou conseguir dinheiro mais fácil ainda. tem tanta puta por aí que ninguém vai saber que fui eu. parou de falar e acendeu um cigarro caro. depois de tanto cigarro do paraguai ela achou que merecia.
quinta-feira, 29 de maio de 2008
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Um comentário:
ahhhh olha a história da madá fazendo maior sentido!
E num é que a vaca matou diretinho? Adorei!
Amo seus comentários no meu blog... ainda que, na maioria das vezes, eu fique fazendo mil interpretações e nunca tenho certeza do que quis dizer( ou do que não disse. rá! tu me mata de vergonha!)
Amo!
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